Os velhos e os novos dilemas dos militares

Série de reportagens mostra o que pensa a atual geração de oficiais brasileiros

Até o final dos anos 70, a imprensa brasileira dedicava grande espaço para a cobertura dos temas militares. As promoções no generalato eram acompanhadas com a atenção de quem sabia que, dali, poderia sair o próximo presidente da República. Conforme os governos militares se tornaram coisa do passado, a imprensa, numa espécie de ressaca, praticamente virou as costas para os militares.

O que a nova geração de oficiais superiores pensa dos rumos tomados pelo País? Que lugar as Forças Armadas crêem ou desejam ocupar no Brasil democrático? O que significa, para elas, a extinção dos ministérios militares e a criação do Ministério da Defesa?

Ao buscar respostas para essas e outras perguntas, o Estado constatou que os militares continuam imersos em velhos dilemas acerca de seu papel na sociedade brasileira. E que, a esses, juntaram-se novos dilemas, resultantes das mudanças no cenário mundial e dos imperativos da democratização do País e da profissionalização das Forças Armadas.

Nas páginas que se seguem, o leitor encontrará as opiniões que constituem o pensamento homogêneo da nova geração de oficiais superiores. Ao lado delas, entrevistas com o chefe da Casa Militar da Presidência, general Alberto Cardoso, com o ministro do Exército, general Gleuber Vieira, e com o almirante Mauro César Pereira, que deixou o Ministério da Marinha em dezembro. Para completar o quadro, o jornal também ouviu alguns dos mais importantes especialistas civis brasileiros em temas militares.

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