Vale faz acordo preliminar com siderúrgicas polonesas

VARSÓVIA — A Companhia Vale do Rio Doce e a trading brasileira Comexport assinaram ontem em Varsóvia uma carta de intenções com as siderúrgicas polonesas

 

Huta Katowice e HTS, na qual elas se comprometem a comprar, ao longo de dez anos, pelo menos 2,5 milhões de toneladas de minério de ferro da Vale do Rio Doce por ano. Em troca, a Vale investiria na construção de um terminal próprio no Porto de Gdansk, num valor estimado em US$ 400 milhões.

Atualmente, o porto tem calado para navios de até 60 mil toneladas. Com a construção do terminal, passariam a atracar navios de até 200 mil toneladas, reduzindo o preço do frete e barateando o minério de ferro.

A Companhia Vale do Rio Doce exporta 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro e de manganês por ano. O presidente da empresa, Roger Agnelli, reconheceu os esforços do governo brasileiro em aumentar as exportações. “O presidente Fernando Henrique Cardoso é nosso grande embaixador”, disse Agnelli.

Aviões – O vice-presidente da Embraer, Henrique Hedzinski, também aproveitou a missão empresarial para negociar com a companhia aérea polonesa LOT a venda de novos jatos. Há dois anos, a Embraer vendeu à LOT 16 aviões, que custam US$ 18 milhões cada.

“A Polônia é importantíssima”, afirmou Hedzinski, que é de origem polonesa. “A presença brasileira aqui representa possibilidade de expansão para outros países do Leste Europeu.”


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