Aniversário das Farc faz governo manter o alerta

Mais de 200 mil militares e policiais continuam mobilizados em todo o país

 

BOGOTÁ — Os 212 mil militares e policiais convocados para garantir a realização das eleições na Colômbia, no âmbito do Plano Democracia, continuavam mobilizados ontem em todo o país. O ministro da Defesa, Gustavo Bell, manteve o estado de alerta, por receio das eventuais “comemorações” do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que completava ontem 38 anos de existência.

Apesar do clima mais relaxado, em função da vitória inconteste do candidato dissidente liberal Álvaro Uribe Vélez na eleição de domingo, o aparato de segurança ainda se fazia sentir ontem em Bogotá. Soldados do Exército em uniforme de campanha, empunhando fuzis, patrulhavam as ruas e revistavam carros e motoristas, em conjunto com a polícia.

 

Por volta das 8 horas, o repórter do Estado caminhava atrás da Escola de Infantaria, no norte de Bogotá, quando foi parado por dois homens à paisana – que se identificaram como agentes de inteligência do Exército – e um soldado fardado, com um fuzil. Eles suspeitaram do repórter, que escutava um pequeno rádio com fones de ouvido e fazia anotações num bloco. Não é para menos: jornalistas têm hábitos indiscutivelmente suspeitos.

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