Receita pode chegar a quase US$ 1 bilhão

BOGOTÁ – A Direção Nacional de Entorpecentes constatou que, nas zonas de produção, o quilo da cocaína pura é vendida entre US$ 1,5 mil e US$ 3 mil, dependendo da região.

Considerando que as Farc controlam 70% da produção de cocaína do país, que no ano passado ficou entre 420 e 450 toneladas, a receita bruta por ela obtida com esse negócio está na faixa entre US$ 441 milhões e US$ 945 milhões.

Não é pouco dinheiro, para um grupo insurgente. O orçamento de defesa do governo colombiano é da ordem de US$ 4 bilhões. Pelo cálculo mais modesto, as Farc teriam um décimo disso para se equipar contra as Forças Armadas colombianas. Pelo mais generoso, mais de um quinto. Com US$ 441 milhões, podem-se comprar, por exemplo, 110.250 fuzis-metralhadoras AK-47 de última geração, fabricados na Ucrânia, a US$ 4 mil a unidade.

 

Claro que as Farc não se limitam a esse tipo de armamento. A guerrilha, hoje reduzida de cerca de 17 mil para 10 mil homens, possui helicópteros, avionetas, lanchas rápidas, mísseis e até submarinos, que emprega no transporte de drogas. Suas fardas, botas e apetrechos de sobrevivência na selva são em geral novos e de boa qualidade. Muitas frentes da guerrilha pagam soldos regulares, que podem chegar aos R$ 1 mil ou mais, bem acima do rendimento de um camponês comum. 

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