Venezuela convoca embaixador na Colômbia

O governo da Venezuela mandou chamar seu embaixador na Colômbia, Pável Rondón, para consultas em Caracas, depois da troca de acusações entre os presidentes dos dois países, e da ameaça de Hugo Chávez de “congelar as relações” com o país vizinho.

 

CARACAS

Segundo comunicado da Chancelaria em Caracas, o embaixador foi chamado para “proceder a uma avaliação exaustiva das relações bilaterais”. 

De sua parte, o chanceler colombiano, Fernando Araújo, disse que o país não chamará de volta o seu embaixador em Caracas. Sem citar a Venezuela, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, fez ontem um apelo “aos países vizinhos”, para que não apóiem as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que ele chamou de “grupo terrorista”. 

Um telefonema de Chávez ao comandante do Exército colombiano, Mario Montoya, sem a autorização de Uribe, levou o presidente colombiano a pôr fim à mediação do venezuelano para a libertação de reféns das Farc, em troca de guerrilheiros presos. Chávez acusou Uribe de “mentir” sobre o episódio, alegando que o colombiano não lhe tinha pedido para não telefonar ao comandante do Exército. Já Uribe acusou Chávez de “expansionismo” e de querer “instalar um governo sob influência das Farc” na Colômbia.

 

O ministro da Fazenda da Colômbia, Oscar Ivan Zuluaga, anunciou ontem a inclusão no orçamento de 2008 da compra de US$ 1,6 bilhão em armamentos. O ministro não especificou o equipamento a ser comprado, nem de quem. Segundo ele, a aquisição já estava decidida antes do entrevero com a Venezuela. De acordo com a Rádio Caracol, é a maior compra de armamentos em um ano na história da Colômbia.

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