Arafat não tem vice para os cargos de direção que exerce, na AP e na OLP
Tecnicamente, Arafat não tem vice nem como presidente da Autoridade Palestina nem como presidente do Comitê Executivo da OLP. Seus substitutos seriam escolhidos, respectivamente, pelo Conselho Legislativo, eleito em janeiro, e pelo Comitê Executivo.
Dos 88 membros do Conselho, 55 pertencem à Fatah, a facção da OLP liderada por Aratat. O caso do Comitê já é um pouco diferente. A OLP mantém na composição de sua direção representantes independentes, espécie de conselheiros honorários da “diáspora”. Apenas seis pertencem formalmente à Fatah, mas a maioria a apóia. Na frente ampla do movimento palestino, há naturalmente líderes com os mais diferentes históricos e estilos, entre os quais se destacam:
Faiçal Husseini — Filho de família proeminente de Jerusalém Oriental, conduziu as primeiras negociações com Israel, no âmbito da Conferência de Madri, em 1991. É membro do Comitê Executivo da OLP.
Hanan Ashrawi — graduada em Literatura nos EUA, muito bem articulada, foi inicialmente porta-voz da delegação palestina nas negociações, mas se distanciou por discordar das concessões feitas por Afarat, que aceitou a retirada parcial de Israel.
Mahmud Abbas (nome de guerra Abu Mazen) — Conduziu as negociações secretas de Oslo, que levaram ao dramático aperto de mãos entre Yasser Aratat e Yitzhak Rabin, na Casa Branca, em 1993, selando a fórmula da autonomia testada primeiro em Gaza e Jericó. É secretário-geral do Comitê Executivo da OLP.
Hakam Balaoni — Ex-embaixador da OLP em Túnis durante o exílio, membro do Comitê Central da Fatah (instância máxima, com 16 integrantes) e eleito deputado por Tulkarem. Reservado, típico “apparatchik”, mas hábil articulador político.
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