Manifestação pró-Assad no dia da independência

Para partidários do regime, independência do país está ameaçada

DAMASCO – Cerca de 300 pessoas se reuniram ontem em frente à sede do Banco Central sírio para celebrar o 66˚ aniversário da independência da Síria (em relação à França) e também para manifestar apoio ao presidente Bashar Assad. Para muitos dos sírios que o apoiam, a independência do país está em jogo, por causa do que consideram serem pressões externas para a mudança do regime. Sob um imenso pôster de Assad, que cobre boa parte da fachada do BC, rapazes, moças, soldados fardados e voluntários de diversos grupos de jovens em favor do regime dançaram animadamente ao som de canções que exaltavam a pátria e o presidente.

“Amamos Bashar Assad porque ele protegeu o país dos terroristas”, disse Ahlam Freij, de 28 anos, funcionária do Real Estate Bank, um banco estatal. “Ele trabalha duro pelo nosso país. Nós confiamos nele. Ele não abrirá mão dos nossos direitos perante Israel.” Para o ex-professor de musculação aposentado Suheib Shuaeb,  de 52 anos, “a Síria sem Bashar é como tabule sem limão”. Shuaeb, que é identificado pelos opositores como um líder dos “shabiha” (“fantasmas”), forças irregulares que atuam a favor do regime – o que ele nega -, disse que gosta de Assad porque seu governo garante escolas e hospitais gratuitos e comida barata. Já para a dona-de-casa Sana Nasser, de 47 anos, cujo marido é engenheiro e trabalha para o governo, Assad garante os direitos das mulheres, em contraste com as monarquias do Golfo Pérsico, que apoiam sua queda.

Publicado em O Estadão. Copyright: Grupo Estado. Todos os direitos reservados.

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