Madri vai sediar segunda Cimeira em 2002

Chefes de Estado criam Grupo Birregional de Altos Funcionários que se reunirá periodicamente.

RIO – Uma segunda edição da Cimeira América Latina-Caribe-União Européia será realizada em Madri, no primeiro semestre de 2002. O convite foi feito ontem de manhã pelo primeiro-ministro espanhol, José María Aznar, e aceito unanimemente pelos outros países representados. Naquele período, a Espanha estará ocupando a presidência de turno da UE. O presidente Julio María Sanguinetti adiantou-se e apresentou a candidatura do Uruguai para a terceira Cimeira, que nem se sabe ao certo quando será.

A Declaração do Rio de Janeiro, firmada ontem pelos chefes de Estado e de governo ou representantes, anuncia a criação de um Grupo Birregional no nível de Altos Funcionários, que se reunirá periodicamente. O presidente Jacques Chirac propôs que essa reunião seja realizada na França. Os mandatários e representantes chegaram um a um, a partir das 8h, subiram para o andar superior do pavilhão do Museu de Arte Moderna e assinaram a declaração e o seu anexo, denominado Pioridades de Ação.

Seguiram-se as reuniões de debate sobre a área econômica e comercial e sobre a área cultural, educacional, científica, tecnológica, social e humana. O debate dos chefes de Estado e de governo sobre a área política havia sido realizado no fim da tarde de segunda-feira. Os debates de ontem, a portas fechadas, estenderam-se por mais de três horas. Dos 48 países (33 da América Latina e Caribe e 15 da União Européia), o único que não enviou representante foi Antígua e Barbuda. Havia 41 chefes de Estado e de governo. Não enviaram chefe de Estado ou de governo a Grã-Bretanha, Irlanda, Luxemburgo, Guatemala, Haiti e Jamaica. Mas esses países estavam representados por ministros.

Itens – Às 13h15, o presidente Fernando Henrique Cardoso, o chanceler alemão, Gerhard Schröder, o presidente do México, Ernesto Zedillo, e o presidente da Comissão Européia, Jacques Santer, concederam entrevista coletiva. No decorrer da tarde, presidentes, primeiros-ministros e ministros desceram do pavilhão do MAM e falaram com os jornalistas.

A Declaração do Rio de Janeiro é um documento de 10 páginas, organizado em 69 itens, reunidos nas três áreas que foram objeto dos debates de segunda-feira e de ontem: a política; a econômica; e a cultural, educacional, científica, tecnológica, social e humana. O anexo Prioridades de Ação, de 9 páginas e 55 itens, também está dividido da mesma maneira.

Os dois textos trazem um conjunto de compromissos genéricos em favor da liberalização do comércio, do combate ao crime organizado, da democracia, dos direitos humanos e da preservação do meio ambiente.

 

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