No meio do caminho havia a Venezuela

Lourival Sant’Anna
ENVIADO ESPECIAL / RABAT

O Brasil exportou US$ 872 milhões para o Marrocos no ano passado, a maior parte em açúcar e milho. E importou US$ 1,281 bilhão, principalmente em insumos para adubo e nafta, além de sardinha. O mercado marroquino tem grande potencial para consumir carne bovina e de frango, produtos farmacêuticos, autopeças e maquinário agrícola do Brasil, constatou Márcio Guerra, gestor de projetos da Apex, a agência de promoção de exportações, que esteve na semana passada no Marrocos.

Barreiras alfandegárias e sanitárias dificultam a expansão. Um acordo de livre comércio seria o caminho. Mas o Brasil só pode fazer esse tipo de acordo no âmbito do Mercosul. E a Venezuela, mais novo membro do bloco, reconhece a República do Saarauí, território separatista no sul do Marrocos, o que impossibilitaria um acordo. “Assim como Cuba, por razões ideológicas, a Venezuela tem essa posição”, disse ao Estado a vice-chanceler do Marrocos, Mbarka Bouaida. “Espero que, passado o período de (Hugo) Chávez, com o novo presidente, a nova equipe, possamos abrir um diálogo construtivo com eles.”

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