EI exigiu € 100 milhões por jornalista americano

Funcionários americanos dizem que bombardeios vão continuar apesar de ameaça contra outro jornalista

ERBIL – Militantes do Estado Islâmico exigiram resgate de 100 milhões de euros (R$ 300 milhões) para soltar o jornalista James Foley, decapitado esta semana, em represália pelos bombardeios americanos contra alvos do grupo no Iraque, depois de ficar cerca de dois anos em cativeiro no norte da Síria. Os aviões americanos continuaram atacando ontem o Estado Islâmico (EI), enquanto as forças curdas avançavam no terreno e assumiam o controle total sobre a represa de Mossul, a mais importante do Iraque.

A cobrança foi enviada por e-mails para a família de Foley. Segundo Philip Balboni, presidente do GlobalPost, site de notícias para o qual o jornalista trabalhava, o resgate passou a ser exigido no fim do ano passado. Balboni acrescentou que governos europeus têm pagado bem menos ao EI para soltar seus reféns, de acordo com a Associated Press. O governo americano segue a política de não negociar com sequestradores. Em vídeo colocado no ar na terça-feira, Foley é visto sendo decapitado. Um homem encapuzado exibe em seguida outro jornalista americano, Steven Sotloof, e declara que, se os bombardeios não cessarem, ele terá o mesmo fim.

Em resposta, o presidente Barack Obama comparou o EI a um “câncer” e pediu ajuda dos aliados para “evitar que ele se espalhe”. Funcionários americanos disseram que os bombardeios continuariam, se é que não seriam intensificados.

Publicado em O Estadão. Copyright: Grupo Estado. Todos os direitos reservados.

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