Pelo 4.º dia, governo impede ajuda humanitária

 ISTAMBUL – Pelo quarto dia consecutivo, o governo sírio impediu a Cruz Vermelha de levar ajuda humanitária ao bairro de Baba Amr, em Homs, no centro-oeste do país, ocupado na quinta-feira pelo Exército leal ao presidente Bashar al-Assad. “Não estamos conseguindo entrar em Baba Amr”, disse ontem à noite (hora local) ao Estado, pelo telefone, o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Damasco, Saleh Dabbakeh. “As autoridades alegam que não é seguro. Continuaremos tentando.”

 

Dabbakeh não soube precisar quantos civis continuam no bairro, que durante meses foi controlado pelos rebeldes do Exército Livre Sírio, até sua tomada na quinta-feira, depois de quase um mês de intensos confrontos. Dois jornalistas morreram e outros dois ficaram feridos no dia 22, num dos bombardeios diários das forças leais sírias ao bairro. Na quinta-feira, os rebeldes decidiram fazer o que qualificaram de “recuo tático”.

 

Desde então Baba Amr continua isolado pelas forças de segurança. O restante da cidade de Homs, que não registrou confrontos nos últimos dois dias, tem recebido ajuda humanitária. Segundo Dabbakeh, foram cinco comboios de voluntários do Crescente Vermelho desde o dia 11, com alimentos, medicamentos, kits de higiene, cobertores e colchonetes. Terceira cidade da Síria, com 1 milhão de habitantes, Homs sofre no entanto com a falta de água e eletricidade, como outros pontos do país onde tem havido confrontos.

Publicado em O Estadão. Copyright: Grupo Estado. Todos os direitos reservados.

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